sábado, 18 de agosto de 2012

Rio Grande do Sul é o primeiro estado brasileiro a admitir o nome social dos transgêneros



Roberta Close (Divulgação)

Roberta Close só pode trocar o nome de nascença, Luís Roberto Gambine Moreira, finalmente para Roberta Gambine Moreira, em 2005. 15 anos depois de sua cirurgia de redesignação sexual e 41 de seu nascimento.
La Close já era muito famosa no país desde os anos 1980 e nem este fato facilitou a burocracia da humilhação. Bom, pelo menos ela conseguiu o que chamamos de o nome social, isto é, ter o direito de ter documentos que correspondam com sua identidade de gênero. Exemplo: uma transexual que nasceu Thiago pode mudar o nome para Tyra ou Bárbara.
O preconceito com os transgêneros passa por esta questão fundamental. Ela começa principalmente na hora de apresentar algum documento. É um constrangimento proposital e policialesco, pois é também uma forma de punir aqueles que ousam ultrapassar e mostrar que as barreiras entre masculino e feminino não são fixas e imóveis.
O Rio Grande do Sul é pioneiro no país contra esta perversão e emite, desde este mês, a Carteira de Nome Social (CNS). É uma forma de pressionar que órgãos públicos aceitem  o novo documento.  É também o reconhecimento civil da existência dos transgêneros , já que existimos para o Estado a partir do momento que temos um nome e um documento com este nome.
Neste mesmo estado, mais de uma década atrás, aprovou-se a pensão para um companheiro do mesmo sexo que perdeu seu marido, rumando depois para a afirmação legal da parceria civil de um casal gay.  Hoje, o Supremo Tribunal Federal recomenda que este tipo de união seja reconhecido legalmente.
É um pequeno passo para um grande futuro.

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